Bom dia !
Hoje, 05.06.2011, é especial: Dia Mundial do (Meio) Ambiente, com os devidos textos de alertas, informativos, explicativos e outros, pela passagem da data.
A escolha é simbólica pois que em um dia comemorativo, mais intensamente se pode pedir a atenção de todos, mostrando que o ambiente tem prazo de validade: enquanto vida houver no planeta.
Cotidianamente a mídia apresenta informes especificando que o homem está destruindo o meio no qual vive.
Quando tais colocações são feitas, imediatamente nos lembramos da flora, da fauna, dos rios, da camada de ozônio, enfim, de coisas que consideramos distantes dos nossos umbigos e que estão sendo degradadas por seres desconhecidos por nós e que estes deveriam ser condenados ao calabouço por um período não inferior ao da eternidade, tal chega a ser a nossa indignação.
Enquanto isso, na urbe, vivemos as enchentes que freiam o trânsito, destroem barrancos, barracos e vidas; as inversões térmicas que superlotam de adoentados os nosocômios e postos de saúde e, os barulhos que nos endoidecem.
O estresse torna-se “fashion” e os antidepressivos viram goma de mascar.
Esse é o nosso meio que, absortos ou não, degradamos e continuamos a piorar.
O espaço é composto pelas nossas vidas e nossas produções. Explico “nossa produção”, como uma assinatura, uma marca, um rastro que fixamos no globo, quer com ações ou omissões, construindo, transformando e destruindo este imenso condomínio em que vivemos.
Em cada segundo de existência: das fraldas às alianças; do saquinho de plástico ao banho duradouro; do papel de bala à floresta devastada; da garrafa pet à pilha arremessada, produzimos nosso ambiente bem como o do futuro, no qual viveremos.
Pela produção hodierna, a vida desanda incomodada/acomodada entre escombros.
Que neste dia todos possamos entender que cada um de nós é o homem que degrada e que o espaço degradado não tem fronteiras: ele começa no perímetro das minhas responsabilidades e não termina no final de meus dias.
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