domingo, 1 de maio de 2011

E NA ESPECTROSCOPIA DE MASSA: DEU URÂNIO NO MOLHO DO MIOJO

Devo reconhecer que não sou nenhum especialista em radioatividade, bem como afirmo não estar vestindo o “verum pallium”, para tratar de um assunto que preocupa a todos: o uso da energia nuclear.
O tema é vasto e trás em seu bojo uma série de capítulos e de pormenores, que não caberiam em apenas um texto de opinião.
Assim sendo, trago somente uma delgada fatia que apresenta o imenso contrassenso por parte de dirigentes de nações, que deveriam estar cuidando da vida e do bem estar das populações de seus países, ao invés de estarem preocupados somente com balanças comerciais e boas relações internacionais.
Acentuo que minhas considerações estão voltadas para fatos que envolvem o Chanceler japonês Takeaki Matsumoto e o brasileiro, Antonio Patriota, quando tratando de assuntos que envolvem os interesses nipônicos e os de nosso país, através de suas pastas.
Como é de conhecimento de todos, as catástrofes que atingiram o Japão, causaram imensos danos à usina nuclear de Fukushima, com contaminação radioativa comparável à de Chernobyl .
As medidas de proteção no Brasil, em relação às importações de produtos japoneses (como as adotadas pelo resto do mundo), foram imediatas e em conformidade com o que era esperado: todo e qualquer produto proveniente da região atingida pelo desastre nuclear, deverá ter acesso por portos específicos em nosso país; trazer certificado de controle radioativo e ser submetido a testes por organismo oficial brasileiro.
No Japão, tal controle supera a observação dos certificados de não contaminação dos produtos para consumo. As pessoas desabrigadas da região de Fukushima, se não apresentarem certificado oficial de não contaminação, não conseguem recepção nos centros de refugiados.
Porém, segundo comentários jornalísticos, o governo de nosso país já estuda o final das restrições aos produtos provenientes do País do Sol Nascente, em atendimento ao pedido da Chancelaria japonesa.
Certo estou que ninguém tem que ter QI de gênio para entender que o que se passa nessa relação deveria envolver algo mais valioso que valores econômicos: o valor da vida.
Se por lá as pessoas devem apresentar certificados de não contaminação, para provarem que não são verdadeiras bombas atômicas prestes a explodir, por quais motivos os produtos japoneses poderíam ser comercializados livremente nestas plagas tupiniquins ?
Por quais motivos deveríamos abaixar a guarda, se eles próprios estão de punhos erguidos e cerrados contra um adversário tão poderoso ?
Penso ter sido bem objetivo em minhas colocações e, concluindo, quero deixar claro que não trato do tema com qualquer traço discriminatório ou xenofóbico; apresento apenas as minhas preocupações com o possível alastramento radioativo, não apenas com relação ao Brasil, mas, com todo o planeta.
Em tempo, se deixei no ar, qualquer lastro de contrariedade quanto à utilização de energia nuclear, quero certificá-lo, caro leitor, que sou contra o seu uso no ar, no mar e em quaisquer outros lugares deste nosso frágil planetinha, que se encontra na periferia de lugar nenhum, neste imenso universo.

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